Se Você ficar satisfeito com a sua resposta às próximas dez perguntas, então não leia o restante do texto.
- Qual o seu lucro/prejuízo com sistemas e processos no último semestre?
- Como comprová-lo?
- Quais atividades sob sua responsabilidade tendem a gerar mais prejuízo?
- As Rotinas de suas atividades são definidas?
- A sua logística atende satisfatoriamente a seus Clientes?
- Seus funcionários sabem exatamente o que fazer em todas as circunstâncias?
- Seus fornecedores atendem satisfatoriamente?
- Como garantir a confiabilidade dos dados que você usa ou gera?
- Qual o “custo invisível” de seu melhor produto?
- Como garantir lucro e qualidade sem aumentar os custos em demasia?
Se Você continuou a leitura você está na mesma situação da maior parte dos empresários. Os problemas da moda, como: Globalização, El Niño, Crises: do México, Asiática; Russa; do Japão, do Brasil, do Afeganistão têm tornado as empresas cada vez menores e com trabalhadores multifuncionais. Para você ter uma ideia, guarde este artigo por um ano e veja quantos itens complicadores você inclui na lista acima. Com todos os funcionários sobrecarregados, preocupados com a produção, ficam difíceis as tarefas de infra-estrutura, como por exemplo: controlar e corrigir sistemas e gerar informações, em nível gerencial, para orientar a tomada de decisões. Neste ponto, se você estiver se identificando completamente com a situação, novamente podemos dizer que você é parte da maioria. Assim, apresentarei algumas das questões mais comuns e algumas das respostas possíveis:
Devo criar um sistema de garantia da qualidade?
As empresas que superaram as dificuldades ocorridas nas últimas décadas no País e no mundo possuem um nível de Qualidade considerável, pois continuam atraindo seus Clientes e se mantém ao largo das vicissitudes econômicas, garantindo sua sobrevivência. Um sistema da qualidade pode ser o diferencial que você precisa para atrair seus clientes, mas um bom sistema da qualidade irá além: permitirá a você responder com segurança àquelas perguntas do início do texto. Você conhecerá e dominará os principais fatores que afetam seus negócios, gerenciando-os através de indicadores e referências pré-definidas. Note que não é sem motivo que os softwares de gestão têm aumentado sua fatia no mercado, e o que foi verdade ontem, hoje talvez não o seja.
Sistemas da Qualidade somente dão prejuízo?
Os sistemas da Qualidade montados somente para fins de certificação ou marketing realmente dão prejuízo, pois encerram um fim em si mesmo, não tendo outro objetivo senão existir. Os bons sistemas possuem uma série de premissas que são fundamentais à administração de qualquer entidade. Se você vai criar um sistema de Garantia da Qualidade, então usufrua de seus benefícios:
- As auditorias e a análise crítica do Sistema permitem conhecer o funcionamento da sua empresa;
- As avaliações de insumos e fornecedores permitem avaliar seus custos;
- As ações corretivas e o tratamento das não conformidades permitem descobrir e corrigir falhas;
- As técnicas estatísticas permitem o monitoramento contínuo dos indicadores mais relevantes, proporcionando subsídios para as reduções de refugos e retrabalhos;
- Qualificação de funcionários, métodos e equipamentos reduzem os fatores de erro e desperdício.
A Certificação pode trabalhar a seu favor garantindo em médio prazo lucro e redução das perdas.
Os sistemas da Qualidade atrapalham a produção?
As normas da série ISO 9000 estabelecem uma série de controles e obrigações. Porém, por diversos motivos, as empresas estabelecem elementos complicadores pensando estar atendendo as exigências das normas. Tal fato implica aumento da burocracia, aumento de pessoal e, muitas vezes, criam situações que reprovam as empresas nas auditorias de certificação.
Foi muito difundida a máxima “escreva tudo o que faz e faça tudo o que escreveu”. A colocação correta é “escreva tudo o que for necessário e faça tudo o que escreveu”. O Sistema que garante a Qualidade otimiza a produção.
Vale a pena contratar pessoal externo?
Depende, o pessoal externo, para ser útil, à empresa tem que ter comprometimento com o processo, pois já vimos “mágicas” como à reengenharia que, em um primeiro momento aparentam ser a salvação e em médio prazo tornam-se instrumento de devastação. Não existe caminho fácil nem rápido.
O pessoal externo deve representar um elemento facilitador, assessorando os gestores na resolução de problemas e na tomada de decisão.
O lado positivo é que ter pessoal externo se torna mais produtivo por eles não serem subordinados à hierarquia da instituição e pela bagagem que trazem de sua vivência em ambientes variados. A sua visão traz outra perspectiva, resultando, em geral, aumento do conhecimento do grupo, consolidando a sua cultura.
Conclusão
A condição ideal é: contratar assessoria externa, implantar o processo e implementá-lo com pessoal próprio
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