Papéis no mundo corporativo

Reunindo as memórias sobre os efeitos das emoções no ambiente corporativo, identifico o fator humano como a variável que mais apresenta riscos aos processos. Penso que as emoções são o principal fator de sucesso ou de derrota.

A origem dos Comportamentos

Aprendemos na escola que, para fazer um bom trabalho, é preciso um que conheça o assunto, um para ajudar e um com boa redação — antigamente era boa letra — todos os outros, em geral, só estão lá apenas para assinar. 

No grupo se destacam a posição do ajudante, aquele que auxilia o líder, sem necessariamente a pretensão de sê-lo, e o redator, que realiza uma atividade de extrema importância para o sucesso mas, só é notada quando falha.

Os três papéis descritos acima são repetidos no futuro, no chefe, oficial ou o efetivo, e nas atividades de assessoria e apoio.

Com os termos chefia oficial e efetiva, estou distinguindo chefia de liderança, que nem sempre são exercidos pela mesma pessoa. O chefe é seguido por obrigação e o líder por devoção (bastante emocional, não?).

Aqueles que só assinavam os trabalhos, são muitos, viram incógnita. Vão se comprometer com o processo ou não?

Exemplos Reais de Comportamento

O dono de uma empresa, ao ouvir um som estranho na oficina, foi averiguar e viu um funcionário batendo em uma máquina com uma marreta. A máquina era importada, sem manutenção nacional. Dois meses parada, com um técnico da Alemanha custeado pela empresa fazendo o reparo. A reação emocional do funcionário resultou em outra do chefe que o expulsou da empresa um tanto quanto agressivamente.

Em uma grande siderúrgica os operadores paravam quando havia manutenção, em geral para tirar parafusos de dentro das máquinas. Caso encerrado quando os operadores foram treinados para fazer manutenção. Os problemas acabaram.

Em uma empresa no Paraná, o chefe de um setor, ao ser perguntado porque não interagia com o chefe de outra área para solucionar problemas recorrentes respondeu “não falo com aquele cara porque ele é coxa”.

Uma funcionária dos serviços gerais, que repreende até os patrões, diz “tenho que cuidar desta empresa, ela é meu marido, paga minhas contas e pagou os estudos de minhas filhas”.

Uma funcionária avisou ao chefe que faltaria no dia seguinte para levar o filho ao médico, o chefe reclamou e a funcionária respondeu “então você prefere que eu faça como todos os outros, que não fale nada, falte e depois diga que tive um problema?”.

Um amigo, em uma multinacional, dizia “esta empresa dá lucro porque o pessoal vai para casa dormir à noite”. Penso que ele tinha razão, pelo menos quanto a alguns.

Conclusão

É preciso que os chefes sejam líderes, e para isto devem ter laços com os liderados. Os laços devem ser criados na forma de confiança mútua e respeito mútuo. O conhecimento dos humores, por ambas as partes, é benéfico para o sucesso de todos,

Como você, funcionário ou chefe, controla suas emoções? Reconhece o estado emocional de seus interlocutores? Respeita e é respeitado? Confia e confiam em você?

1 comentário em “Papéis no mundo corporativo”

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